Vira e mexe me perguntam sobre a “retomada do crescimento” ou “melhorias na economia e no bolso”. Uso aspas porque são exatamente estes os termos usados quando tenho a oportunidade de discutir o tema.
Olhando para os dados econômicos e relatórios, os principais e mais assertivos economistas e equipes de análise acreditam que o ano de 2017 será um ano de mudança e alívio para a economia brasileira. Eu também acredito que, do ponto de vista econômico, será melhor.
A expectativa é que o controle da inflação seja um dos responsáveis por essa melhora. Somado à recuperação da confiança, tanto de consumidores quanto de investidores, o controle da inflação e a volta dos investimentos deve proporcionar um discreto aumento do PIB.
Números do mercado
Semanalmente, o Banco Central divulga o Boletim Focus, uma pesquisa que acompanha o pensamento dos principais economistas e analistas. Analisando esse relatório, fica claro que a expectativa do mercado converge para um ano melhor em 2017.
A projeção para 2017 do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), nosso índice oficial de inflação, teve uma queda de 5,14% para 5,12%; vale ressaltar que essa projeção chegou a atingir 5,29% e que, em 2016, o IPCA está acima de 7% (últimos 12 meses).
O grande desafio do “novo” governo é transformar o discurso em ações concretas, sobretudo em torno de um ajuste fiscal coerente, que realmente limite os gastos e deixe a máquina pública mais eficiente.
Expectativa de PIB positivo para 2017
Os números indicados para 2016 mostram recessão na atividade econômica (PIB negativo em relação ao período anterior); já para 2017 o cenário, mesmo com certa dificuldade, é promissor.
O país deve encolher cerca de 3% em 2016, número que deverá ser revertido em 2017, de acordo com os analistas ouvidos pelo Boletim Focus: a expectativa recente de crescimento para o ano que vem está em 1,10%, número que representa um avanço tímido, mas sinaliza uma mudança importante para o país.
Temos que nos preparar!
As mudanças no país acontecerão! É certo que ambiente ainda é turbulento e tende a continuar assim por mais algum tempo, afinal um processo de impeachment é doloroso e deixa sequelas que precisarão ser “curadas” com o tempo (e com ações concretas).
Os juros continuarão elevados em 2017. Mesmo que em algum momento do próximo ano eles comecem a cair, a nova diretoria do Banco Central tem demonstrado que não pretende “baixar a guarda” na luta para retomar o controle da inflação.
Portanto, manter no radar os produtos de renda fixa (Tesouro Direto, CDBs e LCI/LCA) continua sendo uma ótima pedida para o investidor, que manterá boa rentabilidade e baixa exposição ao risco. A estratégia que tem funcionado bem nos últimos anos certamente funcionará bem também em 2017.
É fundamental estarmos preparados para superar os anos de crise e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades que surgem nesse momento. Lembre-se que a educação financeira é forte aliada para montar um bom planejamento. Se os juros estão elevados, aproveite-os investindo em renda fixa e evite o endividamento.
Até a próxima!
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Conrado Navarro é consultor educacional da Rico.com.vc, idealizador do Dinheirama.com e autor de diversos livros e eBooks de finanças pessoais e investimentos. |